sábado, 12 de janeiro de 2019

Estou pedindo licença para sentir?

O vivido contigo, pouco e exato, até aqui, basta para que eu admita ter na boca um gosto palpável de querer-te? "A espera é sentir-me voraz..." O vivido comigo, vasto e incompossível, até aqui, não me impede de, no entanto, pensar que tantas vezes é palpável o gosto de desejar, ardentemente, uma vida que não é minha? "Examino-te sôfrega..." Uma vida em que a paixão acontece sem pedir licença. E a intuição não me estremece, nem abala, só firma os pés, que voam, asas! Porque é o que as mãos pareciam. E os cinco sentidos sedentos. O que exatamente eu preciso frear em mim mesma para não doer? E onde, como extravasar o certeiro sentimento? Entre quatro paredes estou emudecida. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário